Fudêncio Wikia
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Esta página é uma transcrição não oficial do episódio O Gênio da Bola de Fudêncio e Seus Amigos.




É exibido o cartão de título do episódio.

Narrador Esquizo: O Gênio da Bola! Distribuição: Boluda! Versão brasileira: (?)!

A tela desvanece, mostrando Funérea e Peruíbe sentados a uma mesa, conversando. Peruíbe está com uma camiseta amarela. Na mesa estão copos de bebidas e uma folha de apostas onde está escrito "bolão".

Funérea: Peruíbe, será que você ainda não percebeu que tá me sufocando? Eu simplesmente não aguento mais essas cobranças. E quando é que essas cobranças vão parar?

Peruíbe: Quando você me pagar, oras!

Funérea: Eu já falei que eu não tenho dinheiro. E se eu tivesse dinheiro, eu ia vir o Mundial na África do Sul, não nesse bar de gente pobre. Que infortúnio!

É revelado que Funérea e Peruíbe estão num bar, onde está passando uma partida de futebol na TV. Sentados ao balcão estão Fudêncio e Zé Maria, esta com as cores do Brasil e uma faixa com a bandeira na cabeça. O Motorista está trabalhando como barista.

Neguinho aparece.

Neguinho: Aaah, que droga de vida!

Peruíbe (para Neguinho): E aí, Neguinho? Vai entrar no bolão?

Neguinho: Bolão? Eu não, cara! Eu não preciso de dinheiro!

Zé Maria (para Neguinho): Só as pessoas muito, muito ricas não precisam de dinheiro, Neguinho!

Neguinho: Pois é. Acabei de descobrir que eu sou rico.

Peruíbe: Tá de sacanagem?

Neguinho: Não. É verdade! Eu descobri que eu sou muito rico!

Peruíbe: Neguinho, seu pai é marceneiro!

Neguinho: Aí é que tá. Ele não é marceneiro. Ele fabrica bancos.

Zé Maria: Marceneiro é uma profissão digna como qualquer outra, Neguinho. Não precisa ter vergonha.

Neguinho: É que não é banco pra colocar a bunda. É banco pra colocar dinheiro!

Peruíbe: Mas pera lá. Se o seu pai é rico, o meu também é! Eles são sócios!

Neguinho: São. Eles são sócios.

Funérea: Só que o pai de vocês trabalha pro meu.

Zé Maria: E todos eles pedem dinheiro emprestado pro meu! Caracas!

Peruíbe: Caramba! Mas o chefão mesmo... é o Fudêncio. (Aponta para Fudêncio)

Zé Maria: Ah, não! Cês devem tar errados!

Neguinho (mostrando seu cartão para Peruíbe): Tá vendo isso aqui?

Peruíbe: Tô. É um cartão de crédito. E daí?

Neguinho: Então, eu descobri que ele não tem limite.

Zé Maria (para Neguinho): Nenhum cartão de crédito tem limite, Neguinho.

Neguinho: O cartão de todo mundo tem limite. Só o das pessoas muito, muito ricas é que não tem.

Peruíbe (para Neguinho): Cê tá louco, Neguinho?

Neguinho: Não tô não! Olha o que eu comprei hoje! (Mostra uma ilustração de um avião)

Zé Maria: Cê comprou um avião?!

Neguinho: O mais caro que tinha!

Zé Maria: Seu pai vai te matar, meu!

Neguinho: Vai não! Ele falou pra eu comprar o que eu precisar pra ser feliz!

Peruíbe: Cara, então é verdade! A gente é rico mesmo!

Neguinho: Trilhardário!

Peruíbe: Nossa, desde a minha primeira infância que meu sonho era ser trilhardário!

Funérea: O meu também. Mas que infortúnio!

Peruíbe: Hm, estranho... Mas por que que eu não tô feliz? Eu tô triste!

Funérea: É claro que você tá triste. Isso acabou com o único objetivo da nossa vida!

Zé Maria (para Neguinho): Ô Neguinho, com esse dinheiro dá pra gente ir pra África ver o Mundial?

Neguinho: Dá pra comprar a África inteira, Zé Maria!

Zé Maria: É mesmo? Nossa... Meio que dá um vazio, né?

Peruíbe: É. Apesar de eu não ter mais objetivo, o futebol... O futebol ainda me emociona.

Funérea: Até eu me emociono. Quer dizer... Bem pouco.

Peruíbe: Não, pera aí! Tive uma ideia! Vamos fazer o que os grandes trilhardários fazem: eles compram coisas impossíveis, como dinossauros, amor...

Neguinho: E o que é que eu vou fazer com amor?

Peruíbe: Eu sei, Neguinho. Foi só um exemplo.

Neguinho: Dinossauro eu já tenho. (Mostra uma fotografia de uma escultura de um dinossauro)

Zé Maria: Caramba...

Peruíbe: Mas olha, tem uma coisa que vocês vão querer!

Fudêncio: Mi mimi.

Peruíbe: A bola do próximo jogo do Brasil!

Neguinho: Pra que que eu vou querer uma bola?

Peruíbe: Não, cês não entenderam. Não é uma bola qualquer. É a bola do jogo do Brasil. Tem toda uma lenda por trás dela! Vamos que eu vou explicando no caminho. (Começa a andar para fora do bar)

Funérea: Não fica bem pra gente trilhardária ficar perseguindo uma bola!

Zé Maria: Pois é. Eu posso comprar qualquer coisa e vou comprar uma bola?

Peruíbe volta.

Peruíbe (para o grupo): Vamos! (Sai novamente e após alguns instantes volta)

Peruíbe (para o grupo): Vamos, porra! (Sai novamente)

Cartões de tempo, lidos pelo Narrador Esquizo, dizem "E depois, a caminho da África".

Corte para o exterior do avião de luxo onde os personagens estão, e em seguida para uma área dentro dele, onde Peruíbe e Neguinho, com suas roupas normais, estão sentados em poltronas, conversando. Entre eles há uma mesa circular onde há copos com bebidas. Peruíbe segura uma folha de papel.

Neguinho: Tem certeza que essas informações são confiáveis, Peruíbe?

Peruíbe: Claro que são!

Neguinho: Mas isso parece história do Conrado!

Peruíbe: Saca só! (Lendo a folha) "Aquele que conseguir pegar a bola do próximo do jogo do Brasil no Mundial e a esfregar cantando Infinita Highway verá surgir dela um gênio que lhe concederá um pedido".

Neguinho: Caramba! Onde você conseguiu isso?

Peruíbe: No Google.

Neguinho: Uau! Então é quente!

Fudêncio aparece, descendo de uma esteira rolante ao lado deles.

Fudêncio: Mimimi!

É mostrado Conrado, trabalhando como mordomo, escutando a conversa dos três atrás de uma parede.

Conrado: (Risos) Então é isso que esses idiotas estão tramando! (Risos) Valeu a pena me disfarçar de mordomo! Agora eu tenho que colocar a mão nessa bola antes deles!

Peruíbe (para Conrado): Ô mordomo estúpido, o Popoto se cagou inteiro outra vez! Vai limpá-lo!

Conrado: Sim, senhor!

Cartões de tempo, lidos pelo Narrador Esquizo, dizem "Mais tarde, na África do Sul".

Corte para uma savana sul-africana, onde Neguinho dirige um jipe. Peruíbe, Funérea e Zé Maria estão de passageiros. Os três primeiros portam chapéus verdes no estilo militar e Zé Maria porta um chapéu rosa com uma fita vermelha e segura um guarda-sol. Funérea e Zé Maria estão em bancos traseiros elevados.

Zé Maria (apontando): Olha lá, gentem! Uma girafa!

Funérea (para Zé Maria): Grandes bosta, Zé Maria!

Zé Maria: Ai, Fu, mas ela é linda!

Neguinho (para Zé Maria): Apreciar a natureza é coisa de pobre, Zé Maria.

Peruíbe: Ah, mas o que que é uma girafa perto de um bilhão de malandros na conta corrente?

Zé Maria: É mesmo! Pescoçuda idiota!

Passagem de tempo. Em outra área da savana, Peruíbe e Neguinho estão segurando pás na frente de uma área marcada para cavar no chão. O jipe está estacionado ao fundo, com Funérea e Zé Maria ainda sentadas nos bancos elevados.

Peruíbe (para Neguinho): Cacete, Neguinho! Será que você não podia ter comprado um coveiro? A gente tá trilhardário agora!

Neguinho: Cala a boca e me ajuda a cavar!

Passagem de tempo. Numa cena seguinte, Peruíbe e Neguinho estão à frente do buraco que cavaram.

Joey Ramone (voz, no buraco): Vão embora! Não tem ninguém aqui!

Neguinho: Eu sei que está aí!

Joey Ramone (voz, no buraco): Ah, não, não! Não tem ninguém aqui! Tenta lá no segundo subsolo!

Joey Ramone aparece de dentro do buraco.

Joey Ramone: Ai, meu Deus! O que vocês querem?

Neguinho: Queremos a sua bola!

Joey Ramone: Ah, até aqui vocês, seus gayzinhos, vêm me assediar? Ah, eu quero ter privacidade! Será que não deu pra perceber?

Neguinho: Não, não é essa bola!

Joey Ramone: Lamento, mas ela não está à venda!

Peruíbe: Faz seu preço! A gente pode pagar uma quantia imoral!

Joey Ramone: (Risos) Impossível! Ela não se sentia muito segura.

Peruíbe: Porra, mais seguro que um buraco no meio do nada?

Neguinho: Pra onde ela foi?

Joey Ramone: Ela foi cumprir a sua profecia. Foi ao jogo do Brasil pra ser chutada.

Corte para um estúdio onde há uma parede com um cartaz escrito "Lançamento: Bola do Mundial - Entrevista Coletiva". Juca Esfirra Aberta, Conrado e Picadinho passam pela frente dessa parede.

Na coletiva de imprensa, Vingativa fala, num balcão com vários microfones apontados para ela, sobre a bola do jogo do Brasil, que está num pequeno pedestal no balcão, coberta por um pano vermelho.

Vingativa: Talvez pés mal-educados como os de vocês não percebam a diferença entre uma bola de meia e uma bola do jogo do Brasil! Ai, mesmo assim, com vocês, a bola do jogo do Brasil!

A bola é descoberta e revelada.

Vingativa: Vejam que curva, vejam que textura! Hmm! Sua aderência é um sonho, sua trajetória é perfeita e o sabor... Hmm, é esplêndido! (Lambe a bola) Muçarela de búfala com um leve toque de chá verde! Que delícia, bichas!

Conrado, uma das pessoas na coletiva, fala.

Conrado: É... Será que eu poderia experimentar?

Vingativa: Há! Ficou com fome?

Conrado: Não. Eu queria fazer uma embaixadinha!

Vingativa: Aai, posso pensar?

Conrado: Pode.

Vingativa: Ah... Não, não, não e claro que não, bicha!

Dois homens da coletiva, um de cada lado de Conrado, fazem perguntas.

Homem de óculos: É verdade que essa bola não foi fabricada?

Homem de camisa azul: É. Dizem que ela foi encontrada!

Vingativa: Não! É tudo mentira! Foi ela que encontrou a gente! Ela é mágica!

Corte para dentro do avião, onde estão Peruíbe e Neguinho.

Peruíbe: Temos que ir pro jogo antes que a bola caia em mãos erradas!

Neguinho: Mas Peruíbe, para pra pensar: Por que é que a gente vai querer uma bola que tem um gênio mágico se com o dinheiro que a gente tem, podemos comprar tudo que quisermos?

Peruíbe: Ah, Neguinho, deixa de ser um inocente! Saca só: a gente pode chegar pro gênio e pedir pra ele desaparecer com toda a nossa fortuna! Aí a gente vai ter os nossos objetivos originais de volta!

Neguinho: Ótimo. Você é ligeiro, hein, Peruíbe? (Risos) Mas qual era mesmo o nosso objetivo?

Peruíbe (zangado): Ficar trilionários, caramba!

Corte de volta para a coletiva de imprensa, onde Vingativa continua a falar.

Vingativa: Ai, então, alguém tem mais alguma pergunta sobre a bola?

Conrado: É... Só mais uma! Será que eu posso apenas tocá-la?

Vingativa: Hm... Bom, garoto, antes eu disse que não, mas agora eu digo... Não, porra! Mais alguém?

Em frente à parede onde está o cartaz da coletiva, Peruíbe conversa com Fudêncio.

Peruíbe: Vai lá, Fudêncio!

Fudêncio: Mimimi mimimi mi!

Vingativa: Ai, o quê? O garotinho peladinho quer pegar a bola pra fazer umas embaixadinhas?

Conrado vai falar com Fudêncio.

Conrado: Fudêncio, o que que você tá fazendo aqui? Eu contratei um matador de aluguel pra acabar com vocês!

Há um breve corte para Juca Esfirra Aberta, na frente de um fundo azul, do lado das palavras "Matador de Aluguel". Ele segura várias cédulas de dinheiro.

Juca Esfirra Aberta: Eu seria incapaz de fazer mal a uma mosca!

Corte de volta para onde estão Conrado, Fudêncio e Peruíbe. Fudêncio segura a bola do jogo do Brasil.

Conrado: Ah, Fudêncio! Pode me dar essa bola, seu cretino!

Fudêncio: Mimimi! (Chuta a bola para longe)

Conrado: Ah, não!

Fudêncio: (Risos)

É mostrado que a bola cai em uma casa e quebra o vidro de uma mulher idosa. Conrado vai falar com ela.

Idosa: Ai, não! Mórmons! Caia fora daqui, rapaz! Vá!

Conrado: Não, eu não sou mórmon. É que a nossa bola caiu aqui. Dá pra devolver?

Idosa (segurando a bola): Ah, então você quer essa bola de volta?

Conrado: Sim! É claro! Ela é muito importante pra mim! Ela é praticamente tudo que eu sonho na vida!

Idosa: Ah, é mesmo? Então olha só! (Fura a bola com uma espada, fazendo-a murchar) Se ferrou!

Fudêncio aparece. Há um tremor e de dentro da bola sai o Gênio da Bola.

Gênio da Bola (para a idosa): Salve, salve, amiga torcedora!

Idosa: Quem é você?

Gênio da Bola: Eu sou o Gênio da Bola!

Idosa: Tá. E o Quico?

Gênio da Bola: Bom, você me libertou então você pode pedir o que você quiser.

Idosa: Dá pra trocar os vidros que ele quebrou? (Aponta para Conrado)

Gênio da Bola: Infelizmente não, madame. Eu sou um gênio do esporte, um espírito esportivo. Não tenho poderes de vidraceiro.

Idosa: Bom, então dá pra fazer aquele tomatinho se ferrar de montão? (Risos)

Conrado: É caqui!

Gênio da Bola: (Para a idosa) OK. O seu desejo é uma ordem, minha senhora. (Para Conrado) Pelos poderes a mim investidos, faço com que a partir de hoje, até a próxima Copa, um gordo com uma vuvuzela fique buzinando na sua orelha a cada trinta segundos! Ploft pluft!

Conrado: O quê?

Passagem de tempo. Em outra área da cidade, Popoto caminha atrás de Conrado, tocando uma vuvuzela no ouvido dele.

Conrado: Aaah! Para com isso, Popoto! Aaaaah!

Zé Maria, Funérea, Neguinho e Peruíbe o observam de longe.

Funérea: Poxa, nem todo dinheiro no mundo paga o prazer de ver isso!

Peruíbe: Pode crer.

Conrado: Aaah! Eu só me fodo nesse Mundial!

A tela desvanece e volta. Há um corte para a frente de um ponto de ônibus perto de um estádio, onde está Conrado. Na parte de cima do ponto de ônibus está uma placa com o logotipo da Coca-Cola.

Conrado: Ai, que droga! Eu tava com a bola usada nos jogos do Brasil nas minhas mãos! Maldito Fudêncio!

Peruíbe se aproxima de Conrado e vai falar com ele.

Peruíbe: Pô, Conrado! Que cara é essa, rapaz?

Conrado: Ah, é a que eu tenho. Algum problema?

Peruíbe: Calma, meu filho! Se o seu problema é conseguir a bola, eu posso te ajudar.

Conrado: Pode? Como?

Peruíbe: Bom, eu te diria, né, se eu não tivesse esquecido...

Conrado: Esqueceu?

Peruíbe: Sabe como é...

Conrado (segurando cédulas de dinheiro): Talvez isso aqui refresque sua memória!

Peruíbe: Imagina, rapaz! Nem precisa! (Risos) (Pega o dinheiro) Bom, eu lembrei! Acabei de lembrar!

Conrado: Novas!

Peruíbe (para a câmera): Se você quer a bola do jogo do Brasil, é muito simples. É só participar da promoção Coca-Cola: A bola do jogo do Brasil é sua! Encontre o código nas tampinhas e anéis verdes das latas e envie um torpedo para 49220. É muito fácil!

Conrado: Uau! Que demais!

Peruíbe: Mas corre, hein, Conrado? Porque tá todo mundo participando!

Conrado: Que nada! Eu tô tranquilo! Essa bola tá no papo!

Cartões de tempo, lidos pelo Narrador Esquizo, dizem "Dias depois após o resultado da promoção...".

Corte de volta para o ponto de ônibus, onde estão Peruíbe e Fudêncio, este segurando a bola do jogo do Brasil!

Peruíbe: Parabéns, meu amigão! Pô, Fudêncio, tu ganhou a bola da promoção! Tu é o cara mais esperto do mundo, hein?

Fudêncio (imitando o jingle da Coca-Cola): Mi-mimi-mimi!

Conrado: Aaaah! Eu só me dano nesse Mundial!

Popoto aparece com uma vuvuzela e toca nela o jingle da Coca-Cola ao ouvido de Conrado.

É mostrado o logotipo da Drogaria MTV de Desenhos Animados.

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