Fudêncio Wikia
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Esta página é uma transcrição não oficial do episódio Caqui Yuppie de Fudêncio e Seus Amigos.




É exibido o cartão de título do episódio.

Narrador Esquizo: É-Caaqui Yu-uppie! Versão brasileira: Cara preta! Distribuição: Bu-urro, volta!

A tela desvanece, mostrando a entrada da E.E.P.S.G. José Mojica Marins, e em seguida o corredor principal.

Narrador Fanho: Olá, amiguinhos! Hoje vou começar o desenho com uma mensagem! Dinheiro não traz felicidade! Que merda, né? (Legenda: Que pena...)

Corte para o pátio. Fudêncio e Funérea operam uma barraca de pastéis de carne.

Fudêncio: Mi mimimi! Mi mimimi! Mi mimimi! Mimi...

Funérea: Porque essa merda não dá dinheiro. Só fica rico traficante, corrupto, estelionatário... Essas coisas mais chiques.

Fudêncio: Mimi mimimi.

Neguinho aparece.

Neguinho: Olha, Fudêncio! Não sabia que estava vendendo pastéis! Tem de que sabor? (Olha para cima da barraca, onde está escrito "pastéis de carne") Hm... Interessante. Eu quero um de carne, por favor.

Fudêncio: Uhum. (Risada maliciosa)

Passagem de tempo. Na cena seguinte, Neguinho é mostrado comendo o pastel.

Neguinho: Nossa! Esse foi o pastel mais gostoso que eu comi.

Funérea (para Fudêncio): Até que você tem um pouquinho de razão, Fudêncio.

Fudêncio: (Risada maliciosa)

Neguinho vai embora.

Um cartão de tempo diz "Mais tarde". Na cena seguinte, Conrado aparece em frente à barraca.

Conrado: Aê, Fudêncio! O Neguinho falou que cê tá vendendo uns pasteis da hora! É verdade?

Fudêncio: Uhum.

Zé Maria aparece.

Conrado: Manda um pra mim!

Zé Maria: Ah, paga um pastel pra mim, vai, Conradô!

Conrado: (para Zé Maria) Claro, Zezé! (para Fudêncio) Quanto é, Fudêncio?

Fudêncio: Mi mimi.

Conrado: Dez pau?! Eu não tenho essa grana! E nem seu eu tivesse eu pagaria tudo isso por essa merda!

Fudêncio: Mimi? Mimimi.

Garoto de cabelo curto: Ei, deixa que eu pago, Zé Maria.

Zé Maria: Ai, que fófis!

Funérea (para Conrado): Seu pobre!

Zé Maria (para o garoto): E você sempre tem dinheiro pra pagar as coisas?

Garoto de cabelo curto: Eu sempre tenho muito dinheiro.

Corte para uma calçada, onde Conrado caminha, cabisbaixo. Ele para numa esquina, onde está um casal rico.

Conrado: Acho que eu nunca vou ser rico o suficiente pro Zezé. Aliás, acho que nunca terei dinheiro pra porra nenhuma!

Jorge: Hoje vamos comer no melhor restaurante da cidade, querida.

Mulher rica: Ai, Jorge! Você é o melhor!

Conrado (para Jorge): Ei, por favor! Eu queria uma informação.

Jorge: Diga.

Conrado: O que o senhor fez pra ficar tão rico?

Jorge: (Risos) Você quer saber mesmo?

Conrado: Aham.

Jorge: Investimento na bolsa.

Conrado: Bolsa?!

Jorge: Bolsa de valores, sabe? Eu compro ações de empresas com preço baixo e depois vendo com a cotação alta. É a melhor maneira de ficar rico rapidamente.

Conrado: Bolsa de valores? (Massageia o queixo) Hmm...

Corte para o pátio da escola, em frente à barraca de Fudêncio e Funérea, onde estão Neguinho, o garoto de cabelo curto e Zé Maria.

Zé Maria: Ah, eu também vou querer outro. Paga pra mim, gatão?

Garoto de cabelo curto: É claro. (Para Fudêncio e Funérea) Vê um aqui, pra dama.

Neguinho (para Funérea): Tem pastel de carne?

Funérea: Tem, mas acabou.

Neguinho: Como assim acabou?

Funérea: Não tem mais pastel de carne.

Neguinho: Mas que droga!

O Motorista aparece segurando um saco.

Motorista: Aê, Fudêncio! Trouxe aquelas minhoca que cê me pediu!

Funérea (para os clientes): É pra adubar a grama da barraca. (Risos)

Corte para o exterior da casa do avô de Conrado, e em seguida para a sala de estar. Conrado é mostrado entrando na casa. O avô de Conrado está dentro da sala.

Avô de Conrado (cantando):
Que que eu faço, seu doutor?
Que que eu faço, seu doutor?
Essa menina tá fumando é badanado
Que que eu faço, seu doutor?
Que que eu faço, seu doutor?
Essa menina tá ficando emaconhada

Conrado: Oi, vô! Tudo bem?

Avô de Conrado: Quem é você?

Conrado: Seu neto, vô! O Conrado!

Avô de Conrado: Ah, Juquinha! Tudo bem?

Conrado: Me empresta dinheiro pra eu investir na bolsa?

Avô de Conrado: Ué! Quem é você?

Conrado: Ah, deixa pra lá!

Conrado vai até um quarto e pega um saco de dinheiro.

Avô de Conrado (cantando):
Que que eu faço, seu doutor?
Que que eu faço, seu doutor?
Essa menina tá ficando emaconhada

Conrado sai da casa e corre com o saco de dinheiro por uma calçada.

Passagem de tempo. Corte para o exterior da casa de Conrado.

Conrado (voz): Perdeu a chance de fazer um ótimo investimento, vovozinho!

Corte para a sala onde fica o telefone fixo. Conrado pega o telefone e liga para uma bolsa de valores. O operador está sentado na frente de um monitor que mostra ações de empresas. O seguinte diálogo acontece por telefone.

Fonseca: Fonseca falando.

Conrado: Alô. Fonseca? É com você que eu falo pra investir na bolsa?

Fonseca: Quanto você quer investir?

Conrado: Duzentos reais na Vale do Rio Salgado. Urgente.

Fonseca: Duzentos reais?! (Risos) Por acaso isso é um trote?

Conrado: Cê vai investir ou quer que eu ligue pra outro operador?

Fonseca: Ah, já que você insiste... (no outro telefone) Duzentos reais na Vale do Rio Salgado!

O monitor mostra que as ações da Vale do Rio Salgado subiram.

Fonseca: Meu Deus! Esse cara sabe mesmo o que está fazendo! (para Conrado) Suas ações subiram 100%. Eu nunca vi nada igual!

Conrado: Mas eu já previa. Agora pega todo o dinheiro que eu ganhei e compra em ações da... Hmm... Chemics Andersen!

Fonseca: (no outro telefone) Compra quatrocentos reais da Chemics Andersen!

As ações da Chemics Andersen sobem.

Fonseca: Meu Deus!

Conrado: Agora eu quero tudo na... Arrotorantin!

Fonseca: (no outro telefone) Tudo na Arrotorantin!

As ações da Arrotorantin sobem.

Fonseca: Agora tudo na Juniors and Juniors.

As ações da Juniors and Juniors sobem.

Conrado: E tudo na Dubai Generics.

Fonseca: Minha nossa! Esse cara sabe o que está fazendo!

Conrado (voz): Ahá! Agora eu sou um dos homens mais ricos do país! (Risos)

Corte para o pátio da escola, onde Fudêncio e Funérea ainda operam sua barraca.

Fudêncio: Mi mimimi! Mi mimimi!

Kevin, Delcídio e Zé Maria aparecem.

Delcídio: Chefinho, olha o que tem ali! Que delícia! Pastel!

Tenente Kevin Costa: Hmm... Que ótimo! Eu quero um de catupiri!

Delcídio: Ai, eu também!

Fudêncio: (Risada maliciosa)

Na cena seguinte, Kevin e Delcídio comem seus pastéis.

Delcídio: Hmm! Tá bom mesmo!

Conrado aparece, vestindo um terno chique.

Conrado: Olá, reles mortais! Agora eu não preciso mais comer essa comida de pobre nojenta!

Tenente Kevin Costa: Mas como ousa insultar um pastel tão gostoso? Teje preso!

Conrado: Aaah, tenente, você também pode comer melhor! (Dá notas de dinheiro para Kevin)

Tenente Kevin Costa: É... Bom, é... É verdade!

Conrado (para Zé Maria): Vem, Zezé. Vamos para um restaurante de requinte, que você merece.

Zé Maria: Ai, que tudo, Conrado! Que tudo!

Fudêncio: Hmm... (Risada maliciosa)

Passagem de tempo. Na cena seguinte, Zé Maria e Conrado estão na mesa de um restaurante chique.

Zé Maria: Ah, Conradô, eu acho que eu nunca vim num restaurante tão chique que nem esse! Nem sei que garfo eu pego!

Conrado: Só não vai queimar o meu filme aqui com os seus maus modos. Aliás, você podia ter vindo com uma roupinha melhor, né, Zé Maria?

Zé Maria: Ah, desculpa!

Conrado: Porque agora eu sou um importante investidor! Eu tenho uma reputação a zelar!

Conrado começa a mexer num notebook na mesa.

Zé Maria: Que é isso que cê tá fazendo, Conradô?

Conrado: Que você acha? Um yuppie de verdade precisa usar as ferramentas do mundo moderno!

Zé Maria: Ai, que horror! Dá licença, viu, Conrado? (Vai embora)

Conrado: Pode ir! Meu dinheiro pode comprar gente muito melhor que você!

Numa outra mesa, dois chineses conversam.

Chinês sem barba: Chinês "vir" da China exatamente para isso! Chinês "paga" tudo que pediram pela empresa!

Conrado: Que tipo de negócio esse chinês tá fazendo? Deve ser bom, afinal, os chineses estão mandando na economia agora!

Chinês sem barba: A empresa se chama Kepas TEL.

Conrado: Hmm... Deve ser uma empresa de telefonia.

Chinês sem barba: Chinês vai comprar o quanto antes porque ações vão subir! (Risos)

Conrado: Não antes de eu comprar tudo! (Risos) Tudo! (Risos)

Na cena seguinte, Conrado é mostrado falando no telefone da sua sala. Ele liga para Fonseca. O diálogo seguinte acontece por telefone.

Fonseca: Alô.

Conrado: Fonseca, é o Conrado. Olha, compra tudo que eu tiver numa empresa.

Fonseca: Tudo que você tiver? Você tem certeza?

Conrado: Tive informações privilegiadas. Anota aí o nome da empresa.

Fonseca: Bom... Se é você que tá mandando... Compra tudo da Kepas TEL!

Conrado: (Risos) Agora que eu comprei o negócio dos chineses vou virar o homem mais rico do mundo! Chora, Donald Trump! (Risos) Perdeu, playboy!

Corte para a casa de Conrado. Num monitor, Conrado vê as ações da Kepas TEL caindo.

Conrado: Pera aí, o que tá acontecendo? Minhas ações estão caindo? Puta que o pariu! Justo agora!

Secretário eletrônico: A sua linha foi cortada devido a falta de pagamento.

Conrado: Caralho! O que tá acontecendo? Como assim? Por quê?

Passagem de tempo. É exibida uma transmissão com o Repórter em frente à barraca de Fudêncio e Funérea, agora nomeada Kepas TEL. As seguintes falas alternam entre a sala de Conrado e a transmissão.

Repórter: Tudo devido à compra de milhões de dólares nas ações de uma simples barraquinha de pastel.

Conrado: Então aquela empresa, a Kepas TEL, é na verdade "que pastel"! Puta que pariu!

Repórter: E parece que apenas um investidor investidor foi prejudicado. Trata-se de Conrado Socorro das Dores.

Conrado: Ah, Fudêncio! Seu filho de uma puta!

Passagem de tempo. Corte para o pátio, onde Fudêncio e Funérea continuam a operar sua barraca de pastel.

Fudêncio: Mi mimi!

Funérea: Óia o pastel! Um é dois! Dois é dez! Que infortúnio.

Conrado aparece na frente da barraca.

Conrado: Fudêncio, trata de devolver meus milhões agora!

Fudêncio: Mimi?

Conrado: Foi você que armou tudo pra eu comprar essa barraca de pastel que não vale merda nenhuma, né? Confessa, desgraçado!

Os chineses aparecem.

Chinês sem barba: Fudêncio, chinês fez rolo que você mandou, acho que aquele caqui caiu direitinho! (Risos) Otário!

Conrado: Ãhn! Foi você que passou o golpe!

Chinês sem barba: Ops... Chinês não tinha te visto! (Risada nervosa)

Conrado: Ahn, seu desgraçado! Devolve meus milhões agora!

Chinês sem barba: Aaah, aah, não! Negócio ser negócio. Chinês não desfaz.

Fudêncio: (Risada maliciosa)

Conrado: Aaahr. Eu juro que mato você, Fudêncio! E vocês todos também! Eu não acredito que eu cai nesse golpe barato!

Chinês sem barba: Não é barato, não! Chinês nunca viu barraquinha de pastel valer tanto! (Risos)

Funérea: Acho melhor a gente dar o fora daqui, Fudêncio. Ou a coisa vai sujar.

Fudêncio e Funérea vão embora.

Conrado: Ei! Onde vocês tão indo? Voltem aqui. Aaahr, merda! Eu tô falido, fodido, arruinado! (Massageia o queixo) Hm... Pelo menos sobrou essa barraquinha de pastel pra pagar minhas dívidas. Daqui a cem anos, acho.

O chinês ocupa a barraca.

Chinês sem barba: Aaah, nem pensar! Fudêncio "promete" barraquinha de pastel pra chinês "trocar" por golpe no otário! (Anunciando venda) Olha o pastel chinês! Quem quer pastel chinês?

Popoto chega.

Popoto: Eu quero três de pizza! (Risos)

Conrado: Aaah! O que me falta acontecer?

O avô de Conrado chega com um grupo de homens.

Avô de Conrado: Aaah, achei você, maldito ladrãozinho!

Conrado: Vô?! Eu não te roubei, não! Eu só peguei emprestado! (Risada nervosa)

Avô de Conrado: Ninguém rouba o cartel do Vovô Marofa! Eu vou dar uma lição em vocês! Homens, peguem-no!

Conrado: Arrgh! Eu só me fodo nessa merda!

Um íris se fecha no rosto de Conrado.

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